O Santos perdeu de 8 x 0 para o Barcelona.
Hoje, qualquer
clube da série A do Campeonato Brasileiro perderia por placar semelhante.
Após voltar para
o Brasil, o Santos levou apenas 2 gols em 5 jogos (1 contra o Corinthians e
outro contra o Vasco).
Mas também marcou
apenas 3 gols (contra Corinthians, Vasco e Cruzeiro).
O que isso
mostra?
Que a defesa do
Santos melhorou?
Não.
Mostra simplesmente
que o nível técnico, tático e físico no Brasil ainda é extremamente inferior ao dos maiores campeonatos europeus de
futebol, que costumam reunir os melhores jogadores do mundo em um só time.
Prova disso é o
fato dos destaques do atual Campeonato Brasileiro serem jogadores acima de 35
anos: Zé Roberto (38 anos), Juninho Pernambucano (38 anos), Seedorf (37 anos),
Alex (35 anos).
Isso sem contar
que o maior destaque desta libertadores foi Ronaldinho Gaúcho (33 anos).
Vendemos os
jogadores ainda muito jovens, e recontratamos os experientes.
E é assim que a
roda tem girado no nosso Campeonato Brasileiro.
Que poderia
facilmente ser o melhor campeonato de clubes do mundo, mas não o é por culpa de
nossos amadores dirigentes.
Temos tradição,
torcida, novos estádios e, principalmente, bons jogadores.
Está na mão dos
dirigentes mudar o eixo do futebol no mundo, mas falta-lhes visão.
O modelo ideal
está posto: o modelo alemão (distribuição de cotas de tv, patrocínios, estádios
lotados, etc.).
Leio que a CBF
marcou o início do Campeonato Paulista para o dia 5 de janeiro.
Um absurdo.
Os jogadores não
têm tempo de férias, não há pré-temporada, e não há tempo de preparação
suficiente.
Nada adianta
surgir no Santos ótimos jogadores como Gabriel Gasparotto, Gustavo Henrique,
Jubal, Emerson, Alison, Alan Santos, Leo Cittadini, Neílton, Giva, Victor
Andrade e Gabigol se serão vendidos para o exterior em menos de 6 meses após se destacarem, e o
clube voltará à mesma penúria técnica de antes.
Nada adianta
querer contratar Marcelo Bielsa e não aceitar o fato dele querer trazer 10
assistentes técnicos (para trabalhar os fundamentos nos jogadores como
realmente devem ser treinados), para revolucionar a visão tática do futebol
brasileiro. Ao contrário, a diretoria prefere o comodismo de 1 ou 2 assistentes
técnicos, mantendo tudo como está. Só que manter como está não muda nada.
Enquanto nada
mudar, prosseguirá o abismo existente entre o futebol sul-americano e o europeu
(e as goleadas...).